sábado, 1 de outubro de 2011

DESARMAMENTO DE QUEM?



Plebiscito sobre desarmamento é uma farsa
Américo Gomes da Direção Nacional

No meio de toda a roubalheira em que vive o país, parece que definitivamente resolveram montar um circo. Entra em cena o plebiscito sobre o desarmamento. Fica a pergunta: desarmar contra quem?
Se os milhões roubados por assessores e por alguns deputados e ministros fossem aplicados em saúde, educação e emprego, seria possível combater a violência. Os especialistas em criminologia sabem que a panaceia do desarmamento terá pouco ou nenhum impacto na redução da violência. O que o Brasil precisa é de uma mudança radical na política econômica que acabe com a miséria e o desemprego, programas socioeducativos e profissionalizantes para a juventude, a recuperação de espaços urbanos degradados.
O objetivo da campanha de desarmamento é manter nas mãos do Estado o monopólio da violência e da repressão e não dar o direito aos trabalhadores de se defenderem, principalmente contra seu maior inimigo, o Estado burguês, que é o principal gerador de violência. O plano do governo só serve para iludir o povo e dar uma sensação de tranquilidade, como se o comércio de armas não fosse feito por contrabandistas. Ninguém vê bandido em loja comprando arma para assaltar.

VOTE NÃO CONTRA OS POLÍTICOS CORRUPTOS!

Somente o custo do referendo será de R$ 700 milhões, além dos gastos com propaganda. Além disso, o plebiscito é fraudulento. Apenas os parlamentares, os mesmos que recebem o mensalão, poderão fazer campanha na TV. Os sindicatos, as associações de bairro, as entidades estudantis e a comunidade, enfim, quem sofre com a verdadeira violência não poderá falar.
Foram registradas no TSE duas frentes parlamentares. De um lado, “Pelo Direito à Legítima Defesa”, estão deputados como Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP) e Alberto Fraga (PFL-DF). Do outro, na “Brasil sem Armas”, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Os maiores criminosos do país é que farão as campanhas, e poderão, inclusive, receber financiamentos de empresas e de grupos pró-desarmamento. Enfim, novas malas e cuecas circularão por Brasília.

No final, se a maioria optar pelo “sim”, o comércio de armas ficará proibido e só policia e ladrão e/ou bandido poderão ter o direito de terem armas. Se vencer o “não”, a comercialização continuará permitida, mas permanecerão em vigor todas as restrições ao porte e à compra de armas de fogo previstas no Estatuto do Desarmamento. Hoje em dia, para alguém ter uma arma de fogo registrada, necessita de pelo menos cinco documentos: atestado de antecedentes, exames psicológicos e psicotécnico, atestado de sanidade mental, declarações de vida, residência, trabalho. Enfim, quase nenhum trabalhador consegue.
Um estado onde nem juízes e policiais são poupados pela furia dos criminosos o que dizer do cidadão comum que será entregue a própria sorte
Para se combater a violência de fato, são necessárias algumas iniciativas em como:
Combater a impunidade, desvio de verbas, os governos aplicarem o que realmente devem na educação, saúde, saneamento mínimo.

NO PLEBICITO VOTE NÃO