O Walmart reduziu sua previsão
de investimentos em mercados fora dos Estados Unidos e anunciou que pretende
fechar um total de 50 lojas no Brasil e na China. Somente no Brasil, serão
fechadas 25 lojas.
As informações foram dadas
durante encontro anual com investidores da companhia nos Estados Unidos. Em
nota, a companhia informou que a maior parte dos fechamentos deve ocorrer no
último trimestre de 2014.
Em comunicado, o comando da
rede no Brasil afirmou que as 25 lojas a serem fechadas por aqui são as que
apresentam baixo desempenho. São principalmente lojas de pequeno e médio porte,
mas duas lojas grandes no Rio de Janeiro fazem parte da lista. A empresa disse
que fará todos os esforços para oferecer outra oportunidade de emprego para os
funcionários dessas lojas em outras unidades da rede.
As lojas a serem fechadas serão
aquelas com performance abaixo do esperado pela empresa. Em apresentação a
investidores, o Walmart colocou o Brasil como um mercado que vem apresentando
retorno sobre investimentos (ROI) menor que a média das operações
internacionais da companhia, mas considerou que são grandes as oportunidades de
melhoria. A companhia também espera reduzir o ritmo de abertura de lojas no
México e na Índia.
A projeção de investimentos do
Walmart Internacional foi cortada em US$ 500 milhões. Em vez dos US$ 4,5
bilhões que a companhia esperava investir fora dos Estados Unidos
anteriormente, serão colocados US$ 4 bilhões. A empresa afirmou, porém, que
continua a investir em crescimento orgânico nestes países.
O Walmart destacou que espera
progredir nestes mercados também com maior integração com as operações de
comércio eletrônico. "Estamos confiantes de que com um crescimento
disciplinado e maior integração com o e-commerce, vamos ter um cenário sólido
de crescimento a longo prazo e melhores retornos", disse o presidente
internacional Doug McMillon. De acordo com McMillon a companhia vai continuar
fortalecendo sua presença em mercados como o Brasil e a China, mas irá
gerenciar seu portfólio para garantir vantagem competitiva.
Estados
Unidos
Os investimentos totais da varejista, incluindo os Estados Unidos, foram cortados em US$ 200 milhões no ano fiscal que se encerra em janeiro de 2015. A companhia também espera reduzir as inaugurações de lojas de grande porte no mercado norte-americano e acredita que as vendas líquidas vão variar entre US$ 475 bilhões e US$ 480 bilhões, indicando crescimento de 1,2% a 2,3% em relação ao ano anterior.
Os investimentos totais da varejista, incluindo os Estados Unidos, foram cortados em US$ 200 milhões no ano fiscal que se encerra em janeiro de 2015. A companhia também espera reduzir as inaugurações de lojas de grande porte no mercado norte-americano e acredita que as vendas líquidas vão variar entre US$ 475 bilhões e US$ 480 bilhões, indicando crescimento de 1,2% a 2,3% em relação ao ano anterior.
O Walmart vem sofrendo com
vendas mais fracas nos Estados Unidos na medida em que consumidores vem dando
preferência a itens de maior tíquete médio, como carros. Assim como outros
varejistas, a companhia vem reportando queda no tráfego de consumidores nas lojas,
o que é uma preocupação diante da proximidade das festas de final de ano.