Apesar
de 39.383 crianças e adolescentes viverem em abrigos à espera de serem
adotadas, apenas 5.215 estão habilitadas para adoção. Isso representa menos de
15% do total, ou apenas um em cada sete meninos e meninas nessa situação. Isso
acontece porque a Lei Nacional de Adoção, de 2009, enfatiza que devem ser
esgotadas todas as possibilidades de reintegração com a família natural antes
de a criança ser encaminhada para adoção. Entretanto, a busca pelas famílias e
as tentativas de reinserir a criança no seu lar de origem podem levar anos.
Segundo juízes, diretores de instituições e outros profissionais que trabalham
com adoção, esse fator faz com que a criança perca oportunidades de ganhar um
novo lar. As informações são da Agência Brasil, referentes a maio de 2012. No
Brasil, quase 30 mil casais estão na fila da adoção, número bem maior que as
mais de cinco mil crianças e adolescentes já cadastrados a espera de um lar.
Ainda assim, o processo emperra na exigência dos futuros pais. Uma barreira
difícil de ser superada ainda é a adoção de irmãos. Apenas 18% aceitam adotar
irmãos, e 35% dos meninos e meninas têm irmos no cadastro. A lei determina que,
caso a criança ou adolescente tenha irmãos também disponíveis para adoção, o
grupo não deve ser separado, tudo isto poderia ser hevitado se houvesse bom
senso entre os seres humanos.